A TV exerce forte influência no comportamento das crianças e dos adolescentes [...]. Os meninos com idade entre 8 e 9 anos não têm maturidade nem estrutura psicológica e biológica suficiente para ver e curtir como o adulto as cenas de um casal se beijando ou as
insinuações de relações sexuais exibidas em uma telenovela. Essas cenas causam-lhes frustração e podem futuramente deixar seqüelas em sua personalidade. Os pais jamais devem permitir que seus filhos de até seis anos vejam TV, pois até essa faixa etária a criança não sabe distinguir a fantasia da realidade. [...] Quanto mais jovem for a
criança, mas fortes serão os efeitos negativos causados pela dificuldade de distinguir a realidade da ficção.
Consideremos dois fatores básicos no aprendizado da criança: a identificação e a imitação. Durante a idade de 3 e 12 anos, a criança costuma imitar tudo quanto vê. Se ela assiste um programa pernicioso, imitará as mesmas cenas do programa. Isto acontece porque há uma
região do cérebro extremamente sensível, responsável pelo aprendizado, que reflete todo o processo de transformação na criança nessa faixa etária. Esse período é chamado pelos médicos delaterização.
A neurologia demonstrou através de diversas pesquisas que os dois hemisférios cerebrais desempenham diferentes funções. O lado esquerdo é o lado lógico e analítico; enquanto o direito é o lado criativo, artístico, sensível à música, responsável pelas emoções, percepção e conhecimento. O hemisfério direito seria, assim por dizer, a porta de entrada das experiências. A laterização do cérebro ocorre a partir da puberdade, quando os dois hemisférios estão mais interligados. A laterização da linguagem, por exemplo, ocorre via hemisfério direito e é processada no hemisfério esquerdo. Portanto, o rápido desenvolvimento da criança estaria relacionado à maior interação entre esses dois hemisférios cerebrais. Tudo quanto a criança aprende na idade entre 3 e 12 anos, guardará por toda a sua vida. [...] Nessa ocasião, a criança tem muita sensibilidade, e desenvolve as suas faculdades mentais com mais rapidez e capacidade. Imagine então se durante essa faixa etária a criança for sempre colocada diante de uma "babá eletrônica"! Não resta a menor dúvida de que ela será induzida a imitar tudo quanto é exibido na tela da TV. Se a televisão tem poder de influenciar o adulto, que já desenvolveu grande parte de seu processo cognitivo, certamente exercerá um poder de influência maior na criança, cuja capacidade de conhecimento e percepção está ainda em fase de formação. [...]
Na criança, a força de influência da TV é maior do que em um adulto.
(Artigo extraído do livro Você e Sua Família Estão em Perigo. Saiba Porque.")
Pastor Silas Malafaia
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