versículo “Ensina a criança no caminho em que deve andar... Proverbios 22:6 a

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quinta-feira, 3 de março de 2011

BRINCADEIRAS: BANDEIRINHA

Em versatilidade, movimentação e emoção a bandeirinha era a
brincadeira que mais se aproximava do jogo de futebol. Era disputada
em uma rua larga, de preferência não calçada. A rua era dividida por
uma linha perpendicular, feita por um risco de carvão ou gesso, se
fosse calçada; ou com um sulco no chão, se não o fosse. Os limites
laterais eram as paredes das casas.
A brincadeira era disputada por duas equipes, com o mesmo número de participantes, sendo recomendado o mínimo de seis para cada equipe. Para diferenciar,
uma equipe ficava com camisa e a outra sem.
O jogo era disputado obedecendo-se a regras bem
definidas. As equipes posicionavam-se estrategicamente em cada lado
do campo. Eram utilizadas duas bandeirinhas, normalmente duas
camisas de participantes, colocadas no chão, dispostas simetricamente
a uma certa distância da linha divisória. Embora não fosse
obrigatório, era conveniente que cada equipe definisse os atacantes,
que ficavam posicionados próximos à linha divisória, e os defesas,
próximos à bandeirinha. Para marcar um ponto, o jogador de uma
equipe devia transpor a linha divisória, sem pisá-la, correr até a
bandeirinha, apanhá-la e trazê-la para seu campo. Tudo isto tinha que
ser feito sem ser tocado por nenhum adversário, sob pena de ficar
preso, isto é, parado no local em que foi tocado. Para evitar ser preso
o jogador devia correr, fazendo malabarismos com o corpo, visando
desviar dos adversários. Era o que chamávamos "dar um pitu", uma
espécie de drible sem bola. Caso o jogador fosse tocado por um
adversário portando a bandeirinha, esta deveria ficar no mesmo lugar
do jogador preso. O jogador permanecia parado até que viesse um
companheiro de equipe para libertá-lo, bastando tão somente tocá-lo.
Ao mesmo tempo a bandeirinha podia ser carregada. O jogo
terminava quando uma das equipes atingia determinado número de
pontos, previamente acertado (em geral dez), ou quando uma equipe
conseguia prender todos os adversários.
Um bom praticante de bandeirinha era aquele que corria muito,
sabia "dar um pitu" e tinha senso de oportunismo, para saber a
ocasião apropriada para invadir o campo adversário.

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